PREVENÇÃO

DETECÇÃO PRECOCE
 
BEXIGA
Há três tipos de câncer que começam nas células que revestem a bexiga. A classificação se dá de acordo com as células que sofrem a alteração maligna:
Carcinoma de células de transição: representa a maioria dos casos e começa nas células do tecido mais interno da bexiga.
Carcinoma de células escamosas: afetam as células delgadas e planas que podem surgir na bexiga depois de infecção ou irritação prolongadas.
Adenocarcinoma: se inicia nas células glandulares (de secreção)  que podem se formar na bexiga depois de um longo tempo de irritação ou inflamação.
Quando o câncer se limita ao tecido de revestimento da bexiga, é chamado de superficial. O câncer que começa nas células de transição pode se disseminar através do revestimento da bexiga, invadir a parede muscular e disseminar-se até os órgãos próximos ou gânglios linfáticos, transformando-se num câncer invasivo.
 
COLO DO ÚTERO
O câncer do colo do útero, também chamado de cervical, demora muitos anos para se desenvolver. As alterações das células que podem desencadear o câncer são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolaou), por isso é importante a sua realização periódica. A principal alteração que pode levar a esse tipo de câncer é a infecção pelo papilomavírus humano, o HPV, com alguns subtipos de alto risco e relacionados a tumores malignos.
É o segundo tumor mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Por ano, faz 4.800 vítimas fatais e apresenta 18.430 novos casos. Prova de que o país avançou na sua capacidade de realizar diagnóstico precoce é que na década de 1990, 70% dos casos diagnosticados eram da doença invasiva. Ou seja: o estágio mais agressivo da doença. Atualmente 44% dos casos são de lesão precursora do câncer, chamada in situ. Esse tipo de lesão é localizada. Mulheres diagnosticadas precocemente, se tratadas adequadamente, têm praticamente 100% de chance de cura.
 
INFANTIL
O câncer infantil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afeta os glóbulos brancos), os do sistema nervoso central e linfomas (sistema linfático). 
Também acometem crianças e adolescentes o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), tumor de Wilms (tipo de tumor renal), retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho), tumor germinativo (das células que vão dar origem aos ovários ou aos testículos), osteossarcoma (tumor ósseo) e sarcomas (tumores de partes moles). Assim como em países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, para todas as regiões. Nas últimas quatro décadas, o progresso no tratamento do câncer na infância e na adolescência foi extremamente significativo. Hoje, em torno de 70% das crianças e adolescentes acometidos de câncer podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. A maioria deles terá boa qualidade de vida após o tratamento adequado. 
 
MAMA
Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom.
No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.
Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Estatísticas indicam aumento de sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes. 
AUTO-EXAME
O objetivo fundamental do auto-exame é fazer com que a mulher conheça detalhadamente as suas mamas, o que facilita a percepção de quaisquer alterações, tais como pequenos nódulos nas mamas e axilas, saída de secreções pelos mamilos, mudança na cor da pele, retrações, etc.
QUANDO FAZER O AUTO-EXAME?
O auto-exame de mamas deve ser realizado mensalmente por todas as mulheres a partir de 21 anos de idade, sete dias depois do inicio da menstruação, quem não tem menstruação (menopausa) elege um dia no mês para realizar (realizar sempre no mesmo dia).
COMO É FEITO O AUTO-EXAME?
Em pé na frente do espelho, levante o braço, observar alterações de contorno, retrações ou lesões nos mamilos, depressões ou saliência e rugosidade.
   
Palpe também a axila, pescoço e aperte o mamilo.
   
  • Deitada, coloque um travesseiro embaixo do ombro esquerdo e com a mão direita apalpe a mama esquerda. 
    Faça movimentos circulares suaves apertando levemente com as pontas dos dedos toda a mama.
   
  • Deitada, coloque um travesseiro embaixo do ombro direito e com a mão esquerda apalpe a mama direita.
     Repita os movimentos circulares suaves apertando levemente com as pontas dos dedos toda a mama.
 
MAMOGRAFIA
A mamografia é um exame insubstituível na prevenção do câncer de mama. Só a mamografia permite detectar alterações mínimas e revelar nódulos que não são perceptíveis á palpação.
QUANDO FAZER A MAMOGRAFIA
Deve ser feita anualmente após os 40 anos, salvo se houver fatores de risco
Lembre-se: A mamografia deve ser realizada 01 vez ao ano e o auto-exame 01 vez por mês
O QUE É LINFEDEMA?
Doença que causa dano nos vasos linfáticos, tendo alteração na absorção ou condução da linfa causando acúmulo localizado de líquido de origem linfática na área afetada.
Seus gânglios axilares (linfonodos) foram retirados durante a cirurgia e mama. Esses gânglios não se regeneram por isso os cuidados são para toda a vida e não só nos dias seguintes da cirurgia.
Esses cuidados especiais são para prevenir infecções e ou alterações circulatórias (como linfedema) na mão e braço do lado da cirurgia.
NÃO PODE FAZER  O QUE FAZER
Dormir sobre o lado operado Dormir do outro lado ou de barriga para cima
Verificar pressão, tomar injeção, vacinas, coletas de sangue Verificar apenas do lado oposto
Raspar ou depilar axila Cortar os pelos com tesoura sem ponta ou usar barbeador elétrico (masculino)
Retirar cutículas Apenas empurrar
Usar relógios, pulseiras, anéis, etc. Usar do lado oposto
Usar água quente para retirar a dor Apenas compressa gelada
Ter contato direto na pele com detergente, água sanitária e outros produtos químicos Quando for utilizar sempre com luva protetora
Expor ao sol (queimaduras de sol) do lado operado Utilizar protetor solar e barreiras mecânicas (bonés, sombrinhas, chapéu, etc.)
Ferir, torcer, cortar, bater, queimar, fraturar (quebrar) o braço do lado operado Cuidado ao manusear objetos cortantes (faca, agulhas, alfinetes, etc.)
Esforços desnecessários como carregar peso, torcer roupas, esfregar azulejos Fazer apenas esforços leves
Não expor ao calor (fogão, ferro de passar roupa) Fazer apenas pequenos gestos. Os quais são necessários
Tomar qualquer medicação sem orientação do médico Procurar um médico periodicamente ou quando qualquer sintoma aparecer
Usar o braço para sua higiene pessoal como lavar a cabeça, pentear os cabelos, escovar os dentes, lavar e enxugar o corpo.
Evitar deixar o braço do lado operado caído ao longo do corpo. Sempre que puder, apoiar o braço em uma almofada.
Proteger o braço e mão do lado operado contra picadas de insetos com produtos repelentes.
Usar desodorante líquido, neutro e sem álcool ou então bicarbonato de sódio diluído em água na axila do lado operado.
Realizar exercícios conforme recomendação e orientação do responsável pela fisioterapia. Faça dos exercícios diários necessários um hábito saudável e não uma obrigação ou algo desagradável em sua vida. Lembre-se, a atividade é importante no período de recuperação e essencial para a saúde como um todo por toda sua vida.
Procurar usar tecido de algodão durante o processo de cicatrização e durante aplicações de radioterapia evitando o uso de tecidos sintéticos (nylon, por exemplo).
Evitar recursos fisioterápicos no braço do lado operado que emitem calor profundo ou superficial, assim como água quente por tempo prolongado.
Para informações e esclarecimentos referentes à sua cirurgia, procure as voluntárias da ALICC as terças e quintas no horário das 14h00min até as 16h00min.
Não falte às consultas marcadas com seu médico e nas sessões de fisioterapia.
 
PELE
PELE MELANOMA
O melanoma cutâneo é um tipo de câncer de pele que tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele) e tem predominância em adultos brancos. Embora o câncer de pele seja o mais frequente no Brasil e corresponda a 25% de todos os tumores malignos registrados no País, o melanoma representa apenas 4% das neoplasias malignas do órgão, apesar de ser o mais grave devido à sua alta possibilidade de metástase.
O prognóstico desse tipo de câncer pode ser considerado bom, se detectado nos estádios iniciais. Nos últimos anos, houve uma grande melhora na sobrevida dos pacientes com melanoma, principalmente devido à detecção precoce do tumor.
PELE NÃO MELANOMA
O melanoma cutâneo é um tipo de câncer de pele que tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele) e tem predominância em adultos brancos. Embora o câncer de pele seja o mais frequente no Brasil e corresponda a 25% de todos os tumores malignos registrados no País, o melanoma representa apenas 4% das neoplasias malignas do órgão, apesar de ser o mais grave devido à sua alta possibilidade de metástase.
O prognóstico desse tipo de câncer pode ser considerado bom, se detectado nos estádios iniciais. Nos últimos anos, houve uma grande melhora na sobrevida dos pacientes com melanoma, principalmente devido à detecção precoce do tumor.
 
PRÓSTATA
A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto. A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual.
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.
Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.
Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A grande maioria, porém, cresce de forma tão lenta (leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³ ) que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem.
 
PULMÃO
É o mais comum de todos os tumores malignos, apresentando aumento de 2% por ano na sua incidência mundial. Em 90% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco. No Brasil, foi responsável por 20.622 mortes em 2008, sendo o tipo que mais fez vítimas. Altamente letal, a sobrevida média cumulativa total em cinco anos varia entre 13 e 21% em países desenvolvidos e entre 7 e 10% nos países em desenvolvimento. No fim do século XX, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitáveis.
Evidências na literatura mostram que pessoas que têm câncer de pulmão apresentam risco aumentado para o aparecimento de outros cânceres de pulmão e que irmãos, irmãs e filhos de pessoas que tiveram câncer de pulmão apresentam risco levemente aumentado para o desenvolvimento desse câncer. Entretanto, é difícil estabelecer o quanto desse maior risco decorre de fatores hereditários e o quanto é por conta do hábito de fumar.
 
LEUCEMIA
A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos), geralmente, de origem desconhecida. Tem como principal característica o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. A medula é o local de formação das células sanguíneas e ocupa a cavidade dos ossos, sendo popularmente conhecida por tutano. Nela são encontradas as células que dão origem aos glóbulos brancos, aos glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e às plaquetas.
 
LINFOMAS
LINFOMA DE HODGKIN
Conhecida também como doença de Hodgkin, essa forma de câncer se origina nos linfonodos (gânglios) do sistema linfático, que produzem as células responsáveis pela imunidade e vasos que as conduzem pelo corpo. Pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas a maior incidência do linfoma é em adultos jovens, entre 25 e 30 anos. A doença surge quando um linfócito (tipo de glóbulo branco) se transforma em célula maligna, capaz de crescer descontroladamente e disseminar-se. A célula maligna começa a produzir nos linfonodos cópias idênticas (também chamadas de clones). Com o passar do tempo, há risco de essas células malignas se disseminarem para tecidos vizinhos e, se não houver tratamento, atingir outras partes do corpo. Nos últimos 50 anos, o número de casos permaneceu estável, enquanto a mortalidade foi reduzida em mais de 60% desde o início dos anos 70 devido aos avanços no tratamento. A maioria dos pacientes com linfoma de Hodgkin pode ser curada com tratamento adequado.
LINFOMA NÃO HODGKIN
Os linfomas são neoplasias malignas, originárias dos gânglios (ou linfonodos), organismos muito importantes no combate a infecções. Há mais de 20 tipos diferentes de linfoma não-Hodgkin. Entre os linfomas, é o tipo mais incidente na infância. Por razões ainda desconhecidas, o número de casos duplicou nos últimos 25 anos, principalmente entre pessoas com mais de 60 anos.